segunda-feira, 5 de abril de 2010

por onde andei...

A luz opaca rebrilha feito almenara... minha trilha se faz multifacetada,
e minha caminhada suicida, absorta, macerada, divide-me em parcelas isoladas;
O tempo exorta-me a dar as mãos ao destino,
e sair por aí, pelas entranhas dos meus segredos,
ocultos, espraiados em breu.
Caminhando pela rua, que me viu nascer, notei as cores inseridas em dores,
com lampejos de ardores.
Fumei meu primeiro cigarro...
o bar repleto, colorido, parece querer-me lá,
e me fascina, fazendo com que minha rota, minha sina,
repentinamente se atrelem um outro percurso... como bebi.
Remembranças açoitaram meus almejos, aprisionando a lua,
que eu havia prometido a ti....
Como abjugar essa dama cintilante da noite?
Voei em adejos irregulares, feito os pensamentos que habitam minha mente,
e nessa viagem dei-me de todo, lembrei-me de ti.
Deixa pra lá... deixa estar...
quero ziguezaguear tropegamente, pelos céus que construi.
Quero pousar em algum porto,
manso cais, e sem mirar o atrás, navegar pelos olhos das águas azuis,
que me atraem.
Sinto que já se faz madrugada,
os astros já se vestem opacos, e meus rastros fundos,
por certo definirão os mundos, pelos quais passei...

josemir (ao longo...)

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