sexta-feira, 16 de abril de 2010

e agora,por onde o sol vai entrar....



As visões não se concebiam, eram estranhas.
Sentia que retidas em minhas entranhas,
inda habitavam as lembranças,
do dia, em que em mim, noite se fez...
não havia sequer um átimo de fresta manifesta.
O que em realidade passeava em minha mente,
era a sombra do não, apoiada quando muito, num talvez...
e eu, sorumbático, apático, vivia a me questionar:
\" E agora,
por onde o sol vai entrar?\"

Rolei noites infindas pela cama, como se ela fosse meu castigo.
Parece que fiz-me, por momentos, meu próprio inimigo,
e deixei-me levar por águas em cujas corredeiras
o que havia de aberto, era em realidade miragens de um deserto,
onde o que se fazia impuro, assumia-se...
e eu totalmente inerte, estático, vivia a me cobrar:
\" E agora,
por onde o sol vai entrar?\"

Encontrei-te, brilho se fez.
Amei-te com tanta força,
que a dúvida, o talvez,
perderam a força, tornaram-se esquálidos,
perderam de vez a tez.
Fiz-me válido, à medida, em que tu crescias em mim.,
Vi que longe, bem longe estava o fim.
E cantei, bailei contigo,
recuperando meu abrigo.
Agora já redirecionado em meus sentidos
deixei banidos os sentimentos doridos
e sorridente, feito um pássaro, que voa em tardes quentes,
totalmente consciente,
ofereci minha face ao que se faz cintilar...
agora, liberto do deserto,
por onde por um tempo me perdi,
consigo sentir a luz refletindo em meu rosto,
com tua suave mão por meu corpo todo passear...
já não mais me indago, nem me questiono a chorar
Agora em teu colo,
eu já sinto, braços abertos, pelas janelas escancaradas,
que o sol voltou pra alimentar esse amor,
e de forma total e fremente
já faz-se em meu ser entrar...
já não brigo com vultos.
de cores voltaram a vestir-se meus almejos.
E minha alma/corpo giram, num feliz bailar...
minha casa interna, voltou a clarear

josemir (ao longo...)

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