segunda-feira, 26 de abril de 2010

nós...


Enquanto miro-te, viajo.
Sabe aquele bailar de folhas outonais?
Pois é… assim me sinto.
Valoro o amor e puramente ajo,
embora os seres inseridos em ais
ababelados, invejosos, insistam em optar pelo absinto.

Enquanto a música se faz pura em nós,
desfaço os meus nós
e me entrego a ti, absolutamente liberto,
forma valorada, senso desperto.

Dou ao mundo a oportunidade
de visualizar tua silhueta,
através da janela entreaberta de nossos sonhos,
permitindo até que ele em ti se inspire
para que em trasgos e átimos risonhos,
possa também bailar ao som dessa canção.
onde versos e rimas,
afloram-se, num misto de desejo e emoção.

Busco-me, buscando-te.
Embora a distância às vezes me devore,
nada existe que desarvore
o que se fez eterno, indestrutível,
e que reside em nós de forma leve,
absolutamente sólida e crível.

Daqui a pouco, encontrar-se-ão sedentos,
os nossos corpos…
daí, fecharemos as janelas,
por certo iremos conceber canções mais belas,
amando-nos modo infinito.

Do jeito em que há milênios já se postava,
cabalmente escrito.
Eu, tu, as canções, as carícias, enfim,
tudo o que em magia plena e pura,
habita e faz-se hoje em nós, circunscrito…

josemir (ao longo…)

Nenhum comentário:

Postar um comentário