quinta-feira, 15 de abril de 2010

dormindo sobre o mundo...



Adormeço sobre o mundo, e enquanto penso,
sei que é imensa a minha paz, me faço alma...
e enquanto a visagem se faz, lanço-me intenso,
tenho a impressão, que me visto de calma,
e atrás, a suntuosa magia do mar,
diz que eu já posso vibrar, pois tuas garras de mim,
longe estão...

E então sorrio pra solidão, e livre canto.
E ela que sempre austera e severa, me abarca.
E em mim um nó se irrompe, eu me espanto.
Já não corre por entre meus nós, qualquer marca.

E puro, sorrio calado sem acreditar,
que eu pudesse um dia,
de forma solta, sobre o mundo deitar,
fazendo-me sonho inserido à acalmia...

Estou desperto, olhos fechados, estou liberto...
e o deserto, que ante era branco, verdejou.
E sorrio suave, por estar onde estou,
e o tempo podia até solene parar,
pra que eu pudesse em silencio ficar,
inserido no almejo, de jamais acordar...

josemir (ao longo...)

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