sábado, 8 de maio de 2010

quando penso em ti, descrevo-me...

Nos colóquios, ou escárnios improfícuos.
Nos momentos,
nos quais o precipício,
faz-se mais que resquício
e as partes envolvidas,
recusam o armistício,
o anúncio pragmático,
do que sequer rocia o prático,
faz-me ao me descrever
pensar em ti,
fazendo-te em mim crescer...
Seriam talvez,
respingos d'ouro?
Seriam ademais,
prenúncios, agouros?
Não...
pois quando me eternizo,
- momentos altivolitantes -
onde inserido no que escrevo
fielmente descrevo,
-feito o fiel e digno querer -
o que em mim faz-se total:
tua linda silhueta, eterno renascer...
E mesmo que à esmo,
as vezes caminhemos
movidos por rompantes egoistas
quaisquer,
eu sem qualquer relutância
ou falta de fé,
faço-me em ti,
cada vez mais...
sem porquês,
absolutamente sem ais...
Como se as esquinas
das ruas repletas,
no teor de suas sinas,
fizessem-se incompletas,
totalmente vazias,
e tu, exposta em vitrines.
linda, tal qual voar de cisne,
feito diamante de trazer regalo,
calasse no que penso,
o que murmurando falo.
E eu posto no sonho,
no remanso do cime...
feito brilho de vime,
parasse o tempo no tempo,
com o intento de saber,
que quando em ti penso,
de modo claro e intenso,
feito clarejar sagrado e sem-fim,
descrevo-me inteiramente...
sem devaneios, sem entrementes.
Eu nu, descalço,
sobrepujando os percalços,
feito o que se faz, e pós-feito,
eterniza-se no sim.
Seria assim,
como se o planeta parasse,
pra te assistir,
passeando em mim...

josemir (ao longo...)

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