domingo, 19 de dezembro de 2010

À madrugada, sentinela singela do poeta...

Os cristais fogem do vento,
fazem silêncio, cessam seu tilintar...
os pirilampos mudam o curso do vôo,
e murmuram: \"deixem o poeta, poetar\".
E em assim sendo,
nada quebrará a madrugada.

O vento não sibila.
O poeta, nos hiatos de seus vacilos,
trasvolteia, e novamente vacila.
Mas apaga as linhas plenas de bruma...
os versos fazem-se perplexos,
quando amalgamados às rimas,
constróem - através do poeta -,
sublimes poesias...
Ah, madrugada infinita.
Voas pelos domínios daquele que cria.
Não apressas o nascer do dia,
estar em ti, é trazer do todo que inebria,
o suave libertar da inpiração...
O poeta agora adormece.
Madrugada, sentinela singela,
já podes fazer as honras para o clarear,
que mansamente se anuncia...

josemir(aolongo...)

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