quinta-feira, 3 de junho de 2010

quando estive em ti...


Hoje, olhar fixo,
passos tropegos
ainda continuo a espera
de sentir o que passou...
de chorar pelo que me fazia sorrir.
Ou sorrir,
pelo simples fato de não conseguir
chorar.
Carrego pelos entrementes e hiatos
de minha icoerência,
uma vontade imensa de resgatar da consciencia,
gestos que tive, forma livre.
Hoje eu queria que eles estivessem presos,
forma atada.
Não soube mergulhar no mar
dos teus sonhos,
e fiz-me visonho, quando deveria risonho,
encarar meu sonho,
e desvencilhar-me do talvez.
Ou quem sabe deveria fazer-me risonho,
quando, de quando em vez,
o mar dos meus sonhos,
mergulhasse em mim?
Na inconsistencia das duvidas,
aos sobressaltos,
sinto-me tomado de assalto
por não poder ter tido mais tempo,
de inserir-me ao tempo,
que dedicava a ti.
De não ter acreditado que o vento
ao passar, desvenda do tempo,
todos os segredos, que fazem morada em mim.

Hoje queria ter dito mais palavras...
sabe, abruptamente, um sentimento
de perda,
apossa-se do espaço livre,
que antes tive,
para ser ocupado por meus quereres.
Mas não se concebe,
que um espaço livre seja tomado,
por sentimentos abruptos de perdas.
Por isso abstenho-me de me questionar.
Por isso nem quero ligar-me
ao que deixei de escrever,
quando estive em ti...

josemir (ao longo...)

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